Tali sumiu do mapa e da net.
Plugou em outra matrix e demorou para aterrissar. Deu das dela; largou a nave-mãe, foi parar numa galáxia distante, foi ao Paraíso, desceu ao Inferno de Dante, passou uns meses no Purgatório — e subitamente voltou à realidade.
Vivi também deu uma guinada. Começou faculdade. Separou. Novos planos, projetos, mil coisas.
Quantos meses? Seis?
Estavam agora as duas solteiras de novo. Voltaram a sair. E Tali tinha uma nova best, do trabalho novo. Descolada. Blogueira. Patricet. Animada. Interesseira. Descolex.Tarsila, ou Tassi, para os mais chegados.
Saíam as três, agora.
– Vamos no Villa Mix? – propôs Vivi.
– Eu vou, mas só de camarote, ok? – diz Tassi.
– Ai, vai sair caro, e vale? – pondera Tali
– Sempre vale. Além disso, os caras mais interessantes tão no camarote. Se o cara não tem grana para fechar o camarote, é porque vai rachar o jantar. Quero conhecer alguém que tenha o que me oferecer.
– Claro – diz Vivi.
– Além disso, conheço uns caras. Se bobear entramos na faixa. Tali, se arruma, please. Põe sua bolsa grifada – nova. Aquela que você trouxe de Londres. Nada de couro sintético, até mesmo porque todos aqueles derivados de petróleo me fazem espirrar no carro fechado.
E disso para cima. Tassi só queria badalação. Vivi só queria novos peguetes. E Tali só queria esquecer…